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Os encontros de formação de lideranças ocorreram entre 18 a 20 de fevereiro de 2020 e tiveram como objetivo a apresentação e discussão de conceitos relevantes nas discussões sobe Planos de Manejo como: (1) diferenças entre os grupos e categorias de unidades de conservação, (2) participação social no processo de elaboração dos Planos de Manejo, e (3) Etapas e fases dos Plano de Manejo. A reunião do dia 18 foi realizada no núcleo Capelinha e contou com a participação de 66 pessoas da APA Cajatí, APA Planalto do Turvo, RDS Lavras e PE Rio Turvo; no dia 19 reuniram-se 76 pessoas no Salão Comunitário do Quilombo Cedro das RDS Quilombo de Barra do Turvo, RDS Barreiro Anhemas, RDS Pinheirinhos e PE Rio Turvo; e o encontro do dia 20, no núcleo Cedro, reuniu 40 pessoas da APA Rio Pardinho Rio Vermelho e PE Rio Turvo. Após as boas vindas e apresentações dos participantes, as atividades planejadas para o dia foram iniciadas: no período da manhã, foi realizada a exposição e esclarecimento de dúvidas sobre o Sistema Nacional de Unidades de Conservação – SNUC, os Planos de Manejo e a participação social no âmbito da elaboração dos planos de manejo; no período da tarde, os participantes se reunirão em grupos para a confecção de cartazes voltados aos temas apresentados, para que os participantes pudessem replicar os assuntos discutidos com suas próprias palavras. Entre os temas discutidos destacamos: (1) o plano de manejo facilitará o trabalho dos moradores e gestores das UCs, estabelecendo um regramento mínimo das atividades que poderão ser desenvolvidas em cada território; (2) a supressão da vegetação deve seguir as legislações vigentes, sejam federais, estaduais e municipais; (3) temas específicos serão tratados ao longo da elaboração dos planos de manejo; (4) sobre a prática de motocross em trilha que se estende desde a RDS até o interior do PERT, o NPM esclareceu que dentro do PERT há possibilidade de turismo ecológico voltado a educação ambiental e que o Plano de Manejo delimitará as trilhas, atrativos e regramentos gerais dessas atividades; (5) sobre a regularização fundiária e as pessoas que tem moradia no interior do PERT, NPM esclareceu que serão estabelecidos os pactos e acordos de gestão até que seja realizada a regularização fundiária, a qual vai indicar a resolução desses conflitos e que serão realizadas reuniões especificas para tratar esse tema; (6) as normas, regras e acordos serão construídos coletivamente. Ao final do dia, os participantes apresentaram seus cartazes, o quais serão levados pelas lideranças para replicar o conteúdo discutido para os demais atores do território.
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A Oficina de Planejamento do Plano de Manejo da RDS de Lavras ocorreu no dia 30 de janeiro de 2024 no Núcleo Capelinha do PE Rio do Turvo, em conjunto com a APA Cajati e o PE Rio Turvo, totalizando 61 participações. Após as boas vindas, os gestores enfatizaram a importância da participação coletiva em cada fase do processo de construção do Plano de Manejo e foi dado sequência na Oficina com uma rodada de apresentações dos participantes, com o nome e a comunidade e/ou instituição que representava. Na sequência foi apresentada a pauta dos trabalhos do dia bem como os pactos a serem estabelecidos para o bom andamento do dia. A Oficina de Planejamento tem como foco trazer aos participantes informações de como se dará os trabalhos e as etapas que serão percorridas na elaboração dos Planos de Manejo do MOJAC Região Centro até a consolidação do Plano e sua efetiva aprovação. Para isso, foi realizada pela equipe do Núcleo Planos de Manejo a apresentação para todos os participantes das informações quanto ao planejamento das ações e etapas que serão realizadas até a finalização do Plano de Manejo (Etapa de Caracterização, Etapa de Zoneamento, Etapa de Programas de Gestão, Etapa de Devolutivas), especificando como que cada Etapa será desenvolvida até a Etapa de Devolutivas, quando há a submissão do conteúdo do Plano de Manejo ao Conselho Deliberativo.  Também foram apresentados o calendário com a previsão de cada Oficina que conclui as Etapas e os conteúdos que já foram feitos até então, e por último, foi explicado a todos os participantes as formas e canais existentes para a participação e coleta de contribuições ao longo de todo o processo de elaboração do Plano de Manejo, que são: (i) As Oficinas; (ii) Formulário eletrônico digital que pode ser acessado pelo portal SIGAM; (iii) Reuniões dos Conselhos Gestores das UCs e; (iv) Gestão das UCs. Uma vez apresentado os conteúdos de planejamento, a equipe do Núcleo Planos de Manejo da Fundação Florestal explicou a dinâmica para a segunda parte da Oficina, e os representantes da RDS de Lavras responderam a 03 (três) perguntas: (1) Quais são os atores do território e qual sua relação com a UC; (2) Quais são as potencialidades do território e; (3) Quais são os conflitos do território. Por fim, propôs-se o encerramento com um apanhado geral dos assuntos trabalhados no dia. |
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A oficina conjunta de caracterização do PE Rio Turvo (PERT), APA Cajati e RDS Lavras ocorreu no dia 27 de maio de 2024 e contou com a participação de 45 pessoas, incluindo conselheiros, moradores locais das unidades de conservação e equipe da Fundação Florestal. Os trabalhos iniciaram com as boas-vindas dos gestores das UCs e equipe da Fundação Florestal. Na sequencia foi dado espaço para fala dos conselheiros, levantamento de questões e esclarecimento de dúvidas. A Apresentação dos estudos que caracterizam as UCs abordaram os seguintes temas: o Participação Social e Consulta Pública: Apresentação dos canais de contribuição e importância da participação contínua nas oficinas, reuniões de conselho gestor e contribuição nos formulários eletrônicos. Endereço do portal para contribuições: https://www.infraestruturameioambiente.sp.gov.br/consulta-planosdemanejo o Informações Gerais das UCs: Objetivos, abrangência, atributos de cada UCs e atrativos do PERT. o Vegetação: Fitofisionomias e área de cobertura. o Fauna: riqueza de espécies de vertebrados, espécies ameaçadas de extinção e suas ameaças, monitoramento de mamíferos e dados de atropelamento de animais. o Geomorfologia: Características geomorfológicas das UCs. o Sambaquis e Cavernas: Locais de interesse arqueológico. o Recursos Hídricos Superficiais e Subterrâneos: rede hídrica, disponibilidade e qualidade da água. o Fragilidade dos Solos e Perigo de Escorregamento: Áreas de fragilidade e perigo. o Meio Antrópico: Patrimônio material, manifestações culturais, dinâmica demográfica, econômica, social e territorial. o Empreendimentos Licenciados e em Processo de Licenciamento e Infraestruturas lineares: Linhas de transmissão e BR 116. o Áreas Contaminadas e emergências químicas: postos de gasolina e acidentes na BR116. o Mineração: Áreas de interesse mineral futuro e lavas consolidadas. o Restauração Ecológica: Projetos e iniciativas em andamento. o Ocorrências e Infrações Ambientais: número de ocorrências e infrações ambientais nas três UCs. o Áreas Protegidas na Região Centro do Mosaico do Jacupiranga: Integração e conectividade entre as áreas protegidas.
Após a exposição dos estudos, rodas de conversa em grupos foram organizadas para complementar a caracterização das UCs. Coleta de informações fundamentais para a continuidade do plano de manejo foram conduzidas sobre atrativos, pontos turísticos, conflitos e potencialidades, saneamento, abastecimento e plantio de frutíferas e medicinais. As atividades foram encerradas com a apresentação dos novos dados coletados, esclarecimento de dúvidas e próximos passos. |
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A Oficina de Zoneamento do Plano de Manejo da RDS de Lavras ocorreu em 13 de agosto de 2025, na Base de Apoio da RDS, no município de Cajati/SP. Participaram 21 pessoas, incluindo conselheiros, moradores locais da RDS, representantes da Prefeitura de Cajati, do IPA, da Secretaria de Agricultura/CATI e da equipe da Fundação Florestal. O gestor Airton Vieira iniciou os trabalhos às 10h30, agradecendo a presença dos conselheiros e demais participantes. Em seguida, Luciana Della Coletta, do Núcleo de Planos de Manejo da Fundação Florestal, apresentou a pauta do dia. O objetivo da oficina foi apresentar o conceito e os critérios do Zoneamento para a categoria RDS do Estado de São Paulo, bem como expor as propostas de zoneamento interno e de zona de amortecimento da RDS de Lavras. Antes de iniciar a discussão sobre as propostas de zoneamento e normativas para o território, a equipe do NPM-FF relembrou a linha do tempo das etapas do processo de elaboração dos planos de manejo e destacou os canais disponíveis para participação social: oficinas presenciais, portal eletrônico, comunicação direta com a gestão da RDS e reuniões do Conselho Deliberativo. Também foi ressaltado que, após a manifestação favorável do Conselho à aprovação do Plano de Manejo, o documento será enviado ao CONSEMA para análise, especialmente quanto à Zona de Amortecimento (ZA), uma vez que o Conselho Deliberativo possui a prerrogativa de aprovação do plano de manejo e do zoneamento interno. A equipe do NPM-FF introduziu o tema Zoneamento, esclarecendo que o Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC), instituído pela Lei nº 9.985/2000, determina que todas as Unidades de Conservação possuam Plano de Manejo e Zoneamento. Conforme o SNUC, o zoneamento é a delimitação do território da UC em zonas com regras específicas, abrangendo tanto o interior quanto o entorno, de forma a auxiliar a unidade a atingir seus objetivos de criação. Assim como em uma propriedade rural, que é dividida para diferentes atividades, a Unidade de Conservação também deve ser subdividida em zonas. O zoneamento interno é composto por zonas — territórios maiores com normas próprias — cujos desenhos e normativas só podem ser alterados durante a revisão do Plano de Manejo (Figura 1). Sobre essas zonas, podem ser estabelecidas áreas, ou seja, porções menores do território, nas quais determinadas práticas e projetos podem ser desenvolvidos e fomentados. Essas áreas podem ser alteradas, excluídas ou criadas durante a implantação do Plano de Manejo, por meio de rito simplificado (Figura 2).  Figura 1. Interpretação do zoneamento interno.  Figura 2. Interpretação das Áreas. Os estudos que compõem a caracterização do Plano de Manejo serviram de base para a delimitação das zonas internas e da zona de amortecimento. O Zoneamento Interno da UC é composto por três zonas, próprias da categoria RDS, e até cinco tipologias de áreas (Figura 3).  Figura 3. Tipologia de Zonas da RDS e Áreas. As propostas de Zoneamento Interno e de Zona de Amortecimento da RDS de Lavras foram elaboradas principalmente com base nos mapeamentos de atividades indicados no Plano de Utilização e nos estudos realizados pela equipe de pesquisadores do Sistema Ambiental Paulista. A principal divergência concentrou-se na definição da Zona de Proteção Integral (ZPI), prevista no zoneamento interno da RDS de Lavras, na qual é permitido apenas o uso indireto. Foi explicado que, segundo a interpretação jurídica da entidade gestora, a categoria RDS estabelecida pelo SNUC exige a existência de Zonas de Proteção Integral e de Uso Sustentável. Para compor a ZPI, foram selecionadas áreas com baixo nível de uso, maior concentração de floresta preservada, presença significativa de nascentes e proximidade com os Parques Estaduais Caverna do Diabo e Rio do Turvo. A assembleia solicitou que, além do uso indireto previsto, fosse autorizada a coleta de sementes, madeira morta, bambus e cipós, utilizados como materiais para artesanato. Argumentou-se que as RDS foram delimitadas como territórios de uso e produção sustentável das comunidades tradicionais do Mosaico Jacupiranga. As solicitações foram registradas para avaliação pelos grupos de trabalho da Fundação Florestal e pelo Comitê de Integração de Planos de Manejo. Atividades Realizadas Após o intervalo para o almoço, os trabalhos foram divididos em dois momentos: - Discussão em mesas com mapas:
- Utilização de dois tipos de mapas: um com o zoneamento interno e a ZA, e outro apenas com o limite da RDS de Lavras, para indicações diretas das áreas.
- Assembleia de normas:
- Cada mesa recebeu as normas em formato de tabela, com resumo e ilustração.
- Após leitura e explicação de cada norma, foram realizados debates e sugestões.
- Todas as contribuições foram registradas em fichas pela equipe técnica e pelos participantes.
As principais contribuições dos participantes foram: - Ampliar a Zona de Manejo Sustentável Intensivo (ZMSI) para os lotes de uso comum;
- Proposta de reduzir parte da ZPI não contígua aos Parques Estaduais Caverna do Diabo e do Rio do Turvo ou permitir usos diretos, como coleta de sementes e materiais vegetais;
- Recomendação de que a ZA da RDS de Lavras não se sobreponha às zonas de amortecimento dos Parques Estaduais;
- Compatibilizar o limite da Zona de Amortecimento (ZA) da RDS de Lavras com o Plano Diretor do município de Cajati, atualmente em atualização.
Resultados Foram registradas 47 contribuições, incluindo: - propostas de alteração de normas;
- identificação das áreas;
- sugestões de ajustes no desenho do zoneamento interno e da ZA.
Os mapas e listas de contribuições encontram-se anexados. Encerramento Ao final, a equipe do NPM-FF reforçou que as contribuições para a etapa de zoneamento continuarão a ser recebidas ao longo do processo de elaboração do Plano de Manejo. 
Figura 4. Oficina de Zoneamento da RDS de Lavras, na Base de Apoio, em Cajati/SP. |
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Reunião Setorial de Formação de Líderes Oficina de Planejamento Oficina de Caracterização |
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