O MUCJI é um conjunto de UCs de Proteção Integral e Uso Sustentável que tem como objetivos básicos, a preservação de ecossistemas naturais de grande relevância ecológica e beleza cênica, o desenvolvimento de atividades de educação e interpretação ambiental, de recreação em contato com a natureza e de turismo ecológico, proteger ambientes naturais onde se asseguram condições para a existência ou reprodução de espécies ou comunidades da flora local e da fauna residente ou migratória, realização de pesquisas científicas, atividades com finalidade de sensibilizar e promover a educação ambiental, assegurar as condições e os meios necessários para a reprodução e a melhoria dos modos e da qualidade de vida e exploração dos recursos naturais das populações tradicionais, bem como valorizar, conservar e aperfeiçoar o conhecimento e as técnicas de manejo do ambiente, desenvolvido por estas populações. 
O Maciço de Juréia-Itatins situada ao longo do trecho estuarino-lagunar de Iguape e Cananéia, está inserido em uma das mais importantes áreas de remanescentes de Mata Atlântica do Estado de São Paulo.

A Estação Ecológica da Juréia-Itatins (EEJI) foi criada em 1987, com uma área de aproximadamente 80.000 ha, após um longo processo de mobilização da sociedade civil e entidades ambientalistas. Seu território foi estrategicamente definido a fim de promover a conservação da biodiversidade e a proteção dos recursos naturais e paisagísticos da região. Possui espécies significativas de fauna e flora, e contribui diretamente para a preservação da vegetação nativa e dos recursos hídricos, assegurando a proteção das bacias hidrográficas do Rio Verde, Rio Una do Prelado e do Rio Guaraú.

Com o intuito de conservar o ambiente e ainda manter a sustentabilidade das comunidades tradicionais foi proposta a criação de um mosaico de unidades de conservação de proteção integral e de uso sustentável em 2006 redefinindo a antiga EEJI, que foi posteriormente alterado pela Lei Estadual 14.982 de 2013, resultando no atual Mosaico de Unidades de Conservação, composto por 6 UCs: Parque Estadual do Itinguçu (PEIt), Parque Estadual do Prelado (PEPre), Refúgio de Vida Silvestre do Abrigo e Guararitama (RVSIAG), Estação Ecológica da Juréia-Itatins (EEJI), Reserva de Desenvolvimento Sustentável de Barra do Una (RDSBU) e Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Despraiado (RDSD).

 
 
 
 
 
 
 
 
 
      
 

 
A Estação Ecológica da Juréia-Itatins caracteriza-se como um dos trechos mais bem protegidos e preservados de Mata Atlântica do Brasil, que possui uma flora e fauna bastante diversificada, com grande número de espécies raras e várias endêmicas regionalmente.
 
O Parque Estadual do Itinguçu é dividido em dois núcleos – Arpoador e Itinguçu. E é composto pelo estuário do rio Guaraú, pelas praias do Guarauzinho, Arpoador, Parnapuã, Brava, Juquiazinho e pelos bairros do Tetequera, Barro Branco, Tocaia, Itinguinha e Itinguçu. O Núcleo Arpoador, apresenta vários ecossistemas associados de mata atlântica, com uma significativa porção de manguezal, ocupado por população tradicional caiçara. E o Núcleo Itinguçu, que apresenta como principal atrativo a Cachoeira do Paraíso, formada pelo rio Itinguçu numa altitude de 35 metros.
 
O Parque estadual do Prelado está localizado no Complexo Estuarino-Lagunar de Iguape e Cananeia e abrange uma diversidade de ecossistemas, associada à beleza da paisagem e à riqueza de espécies da fauna e da flora, inclusive endêmicas, que justificam todos os esforços para a sua conservação.
 
As ilhas que formam o RVS Abrigo e Guararitama estão localizadas na porção marinha do Mosaico Jureia-Itatins, a aproximadamente 2 km do continente. Essas ilhas têm a função de dar sustentação para alimentação, abrigo e reprodução de várias espécies da fauna silvestre, em especial, as aves marinhas migratórias.
 
A região que foi contemplada pela Reserva de Desenvolvimento Sustentável de Barra do Una e pela Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Despraiado, tem um modelo de ocupação semelhante ao encontrado em todo o litoral sul e Serranias paulistas. Sendo assim, boa parte da sua população remanescente é formada por tradicionais, ou seja, comunidades caracterizadas por apresentar uma organicidade interna, baseada, sobretudo em relações familiares, de compadrio e de vizinhança. A relação dessa população tradicional com o ambiente ultrapassa sua utilização como fonte de subsistência, chegando a ser um aspecto definidor da cultura local. Dessa forma, a preservação do meio natural, a manutenção das tradições locais e a busca por alternativas de geração de renda ambientalmente sustentáveis foram os principais objetivos para a reclassificação dessa área para RDS.
 
 

 Categoria

Unidade de Conservação

Área

Múnicipios

EE

Juréia Itatins

84.425ha

Iguape, Itariri, Miracatu e Peruíbe

PE

Itinguçu

5.040ha

Iguape e Peruíbe

Prelado

1.828ha

Iguape

RVS

Ilhas do Abrigo e Guararitama

481ha

Peruíbe

RDS

Barra do Una

1.487ha

Peruíbe

Despraiado

3.953ha

Iguape

Acesse aqui o registro dos encontros realizados no Consellho Gestor do MUCJI, com a memória de cada reunião, fotografias, materiais apresentados e canal de coleta de contribuições.


Acesse abaixo a página do plano de manejo de cada Unidade de Conservação que compõe o MUCJI:


 
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Tel.: (11) 2997-2000