Este espaço será dedicado ao registro dos desdobramentos das ações empenhadas a partir do Conselho Gestor da estação Ecológica Bananal. A intenção é servir como espaço para afixar memórias e atas de reuniões dos grupos de trabalho formados para lidar com cada uma das causas críticas identificadas ao longo da Formação Socioambiental.
 
Abaixo, a memória da reunião de retorno realizada em 10 de agosto de 2016, na qual houve encaminhamentos comuns a todos os grupos de trabalho formados ao longo da FS (clique na imagem). 
 
 

1ª reunião do Conselho (pós-FS) com pauta sobre turismo desordenado como vetor de pressão à UC 
 
Dia 08 de novembro de 2016 foi a data para um primeiro desdobramento de ação prevista na agenda decorrente da FS com o Conselho da EE Bananal.
 
Na ocasião, foi realizada o que deve se configurar como um primeiro ciclo de exposições de caráter informativo e também formativo sobre a proteção da biodiversidade e sua relação com a atividade turística. O ciclo deve alcançar agentes que trabalham com o turismo na região da Bocaina, especialmente no entorno da Estação Ecológico Bananal, gerida pela Fundação Florestal. O encontro ocorreu em reunião do Conselho Gestor da Estação Ecológica Bananal e foi realizado no Centro de Cultura de Bananal, contando com o apoio da Secretaria de Turismo municipal e com a presença de proprietários das pousadas da região (Pousada Mariana, Pousada Brejal, Pousada Quinta dos Bosques, Pousada Refugio do Dr. Souza Leite, Hotel Fazenda Loanda, Hotel Fazenda Conceição Rio do Braço), dos próprios conselheiros, do secretário municipal de turismo, Sr. José Luiz de Moraes e do futuro vice-prefeito, eleito em 2016, Sr. Carlindo Nogueira Rodrigues (Piá).
 

Ana Lopez e Patrícia Rossi, da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica (RBMA), expuseram aos presentes o Programa de Turismo Sustentável da RBMA. Dentre os pontos abordados, destacam-se aqueles que trataram da certificação de pousadas no que diz respeito a adequações visando à sustentabilidade desses meios de hospedagem. Outro destaque foi o tipo de atuação da RBMA que pode contribuir no caso da região do entorno da Estação Ecológica Bananal.

Tal certificação, no contexto da Estação Ecológica, foi debatida entre os presentes como uma maneira de diminuir impactos ambientais no entorno da Unidade de Conservação (UC), possibilitando, a partir da idealização de hospedagens diferenciadas, agregar valor aos serviços prestados. Além disso, potencialmente, contribuir com a proteção da UC, que garante a prestação de serviços ecossistêmicos importantes à região, como provimento de água, regulação climática e de erosões, qualidade do ar, biodiversidade e aqueles reconhecidos como culturais, como o próprio lazer e o turismo.

O encontro é um desdobramento da agenda do Conselho Gestor da Estação Ecológica Bananal, cujo objetivo é enfrentar um dos vetores de pressão sobre a UC que, na compreensão dos participantes do Conselho, caracteriza a atividade turística quando é desenvolvida de maneira desordenada e pouco informada sobre a importância da UC, da proteção ambiental e respectivas restrições. A forma encontrada no espaço do Conselho para diminuir pressões à UC decorrentes do turismo foi articular diferentes agentes sociais no sentido de trazer mais qualidade à atividade turística, começando por palestras, seminários e formações. Para tanto, foi realizado o encontro, que inaugura o que deve ser uma série de intervenções visando qualificar diferentes agentes ligados ao turismo. Tal leitura sobre os vetores de pressão à UC resultam do trabalho de Formação Socioambiental, desenvolvido pela Coordenadorias de Fiscalização Ambiental e de Educação Ambiental em conjunto com a Fundação Florestal e Instituto Florestal.
 

Um próximo encontro já está marcado para a próxima reunião do Conselho, em 13 de dezembro de 2016, no qual a intenção é trazer, além de mais representantes de meios de hospedagem, outros profissionais da cadeia produtiva do turismo, que têm contato direto com os visitantes e turistas fornecendo informações sobre a região, tais como monitores ambientais, guias de turismo, restaurantes e taxistas.

Ao clicar na figura a seguir, é possível acessar uma notícia sobre o encontro na página da Fundação Florestal.
 
 
 
 
2ª reunião do Conselho (pós-FS) com pauta sobre turismo desordenado como vetor de pressão à UC  
 
Em 13 de dezembro de 2016, a reunião do Conselho foi pautada pelos trabalhos vinculados à necessidade de reordenamento do turismo na região entorno da UC. Ana Lopez e Patrícia, ambas da RBMA, conduziram uma oficina com os presentes visando à construção de uma leitura analítica sobre o turismo, partindo de três fatores:
 

GT1

Comunicação e divulgação do destino Bananal

GT2

Mercado (comercialização de serviços e atrativos) e qualificação profissional

GT3

Produção artesanal (produtores e produtos)

 
O público nesta reunião do Conselho foi composto em sua maioria por agentes atuantes no campo do turismo, como proprietários de meios de hospedagem, artesãs, monitores ambientais já formados e proprietários de restaurantes. Os resultados podem ser observados na figura a seguir (clique para ampliar).
 
 
 
3ª reunião do Conselho (pós-FS) com pauta sobre turismo desordenado como vetor de pressão à UC  
 
A reunião de 07 de março de 2017 também ocorreu no Centro Cultural, contando com a presença de alguns participantes da oficina na reunião anterior, conselheiros e outros convidados. Entre a reunião anterior e esta houve movimentações no campo da produção de orgânicos, o que motivou a divisão da pauta da reunião do Conselho entre o reordenamento do turismo e a produção de orgânicos no entorno da UC como redução de vetores de pressão, como possibilidade de inclusão e geração de renda e também como elemento que agrega ao produto turístico em Bananal.
 
Numa primeira parte da reunião, foi realizada uma contextualização das discussões que têm tomado conta da agenda do Conselho. O resgate de toda a construção que levou a essa agenda por ser acessado clicando aqui. 
 
À questão colocada na figura exposta acima foi também  sugerida uma resposta: o espaço do Conselho tem o papel de promover as discussões necessárias com a sociedade, o setor produtivo e o setor público a respeito das causas críticas que motivam os vetores de pressão à UC. No caso do turismo desordenado gerando impactos negativos à UC, o papel do Conselho foi articular agentes sociais atuantes na atividade turística da região e agentes públicos com a competência de capacitar gestores do "trade turístico". Reunidos no espaço do Conselho e compartilhando a leitura crítica construída no âmbito da FS, foi possível dar três passos importantes até aqui: 1) reunir tais agentes no espaço de reunião do Conselho; 2) desenvolver uma pré-análise do turismo em Bananal; 3) compor um Grupo de Trabalho voltado á questão do turismo, tendo no horizonte seu reordenamento e partindo da qualificação dos gestores locais (empreendedores e demais atores). este GT poderá se dedicar a aprofundar a análise do turismo em Bananal, a promover tais capacitações e provocar o necessário reordenamento da atividade.