|
O segundo encontro no polo 2, Florestal Estadual Edmundo Navarro de Andrade (FEENA) ocorreu em 12 de dezembro de 2013, na sede da UC. A ocasião foi atípica, frente aos outros encontros nos demais polos. Em decorrência de alterações na gestão da UC e demandas de conselheiro por esclarecimentos, fomos informados de que na mesma semana de nosso encontro teria havido ao menos duas reuniões do Conselho. A primeira teria sido dedicada ao anúncio da saída da gestora Jessie Palma e entrada do novo gestor, Matheus Fernando Pereira, assim como os questionamentos sobre as razões da mudança etc. A segunda havia sido marcada para o dia anterior ao do nosso encontro da FS-SIM e, segundo informações do novo gestor, ninguém esteve presente para dar sequência à pauta não concluída da reunião anterior. Assim, observamos o desgaste gerado por tais mudanças que, ainda por ser assimiladas pelo Conselho, fizeram com que o trabalho da FS ficasse um tanto "deslocado" e, portanto, preterido. Diante da presença de apenas dois conselheiros, o gestor que preside o Conselho e a representante da universidade (UNESP-Rio Claro) e mais alguns estudantes convidados, decidimos repensar a proposta no contexto da FEENA. Nas discussões subsequentes à constatação exposta, observou-se que a FEENA possui algumas peculiaridades que refletem diretamente na dinâmica do Conselho. Trata-se de uma UC entre uma área urbana e outra rural e não há uma identidade percebida de maneira uniforme; há um grande apelo histórico-cultural - ainda que pouco reconhecido e aproveitado; existe uma relação tensionada entre diferentes esferas de governo, ocasionando baixa compreensão e interesse em compor o Conselho. À parte de especulações acerca das peculiaridades e seus reflexos na dinâmica do Conselho da FEENA, o breve debate ocorrido entre os presentes e a equipe da CFA destinou a repensar o sentido de se continuar os trabalhos da FS-SIM naquela UC, ao menos nos moldes que haviam sido projetadas. Se em todos os demais polos a FS-SIM caracteriza-se por três encontros voltados a reconhecer e debater a problemática socioambiental que envolve as UC, bem como pensar coletivamente em estratégias de atuação dos Conselho para enfrentar causas de problemas ambientais, na FEENA mostrou-se preciso trabalhar tais questões a partir de outros esforços. Após algumas rodadas de reflexões e debate sobre a situação da FEENA, de seu Conselho e da relação de ambos com seu território, houve a sugestão, voluntariamente apontada, de a universidade assumir-se como "vetor" de ações que catalizem agentes sociais e os aproximem da UC. O resultado da discussão configura uma proposta de se elaborar e desenvolver um projeto caracterizado por criação de inúmeras intervenções, a partir de estudantes de diferentes áreas do conhecimento, voltadas a fins diferenciados, como construção de identidade(s) da UC, aproximação de diversos grupos sociais com a FEENA, reconhecendo sua importância ambiental e valor histórico, implantando e experimentando atividades físico-recreativas. Na UNESP já existe iniciativa que inspirou a proposta, chamada "Desafio de Projetos", no qual estudantes e professores/pesquisadores, imersos na realidade em que se quer intervir, desenvolvem iniciativas que buscam articular o conhecimento construído e produzido na universidade, e o cotidiano de seu território. Para o caso da FEENA, ficou acordado que dois cuidados serão tomados para articular os objetivos da UC e da FS-SIM com aqueles do novo desafio de projetos: 1) utilizar os programas do plano de manejo da UC como referência à criação de linhas de ação das intervenções; 2) buscar articular problemas ambientais e o envolvimento do Conselho com a iniciativa. Algumas imagens do encontro: 2º Encontro no polo 2, realizado na sede da FEENA, em Rio Claro. |